13 de jun. de 2009

Esperemos mais um pouco.

Esta história vem desde 1986 aproximadamente. É uma história que não dá para ser contada em poucas linhas. Um livro já começou a ser escrito relatando fatos que se assemelham aos momentos de perseguição à capoeira no século 19.
Por enquanto, estamos retomando um jogo que pode mudar o curso da história da capoeira naquele espaço.

Moraes.

11 de jun. de 2009

Uma luz no fim do túnel.

Em matéria publicada no jornal A TARDE, (10/05/09), comentei sobre a situação triste em que se encontra a capoeira na Bahia. Essa situação só será sentida por aqueles que vivem a capoeira holisticamente e, mais uma vez, a energia dos nossos ancestrais mostrou a sua força em favor dessa manifestação. Conversas já estão acontecendo entre os mestres e a gestão do Forte da Capoeira com o objetivo de, em conjunto, criarmos estratégias que tornem a capoeira e os seus mestres reconhecidos e respeitados naquele espaço, o que não vinha acontecendo nos últimos dois anos. Ainda é muito cedo para afirmarmos que isso seja um jogo entre malungos, mas estamos preparados para, se necessário for, voltarmos ao "pé do berimbau" para reinício do jogo.
A capoeira vem resistindo a todas as formas de intervenção patrocinadas pelos poderes governamentais porque só nós, capoeiristas, sabemos como salvaguardar os elementos que caracterizam essa manifestação como um instrumento de luta do proletariado.
O comportamento do capoeirista é, em muitos momentos, errôneamente, interpretado como simples radicalismo ou como uma reação espasmódica da revolução. Isso se dá pelo fato de muitos não terem conhecimento de que capoeira é dotada de elementos que extrapolam o simbolismo do folclore e de outras vertentes de fácil controle. Entretanto a capoeira, em todos os momentos da sua história, nunca desdenhou de parcerias mas reagiu sempre que se sentiu ameaçada por qualquer forma de intervenção.
A defesa deste legado, deixado pelos antigos mestres, está em nossas mãos e devemos fazê-la de forma que eles, onde estiverem, sintam-se orgulhosos de nós.

8 de jun. de 2009

Só para refletir.

Fazer movimentos de capoeira angola não significa ser angoleiro, assim como, fazer movimentos de capoeira não significa ser capoeirista.
Os movimentos de capoeira são acessíveis a qualquer um que queira aprendê-los. Sentir a capoeira angola e suas subjacências é que é o problema. De tal forma que, antigamente não tínhamos tantos mestres.


Mestre Moraes.

3 de jun. de 2009

Mais uma ladainha para reflexão.

IRMANDADE

Sabiá voou da mata(bis)
Prá fugir do gavião
Gavião ficou perdido
Sem saber da direção
Perguntou ao papagaio
Que logo falou: não digo!
Amigo da mesma laia
Não ajuda a inimigo
Quanto mais se observar(bis)
Que também corre perigo
Mas não tava muito longe
A danada traição
Pato pra se proteger
Colocando condição
Entregou o sabiá
Sem dó e sem coração
Sinto dor dentro do peito
Quando vejo hoje em dia
Tanto pato e gavião
Numa mesma moradia.

Quem tem competência não precisa de pedigree.

A quem interessar possa.
Exatamente, no dia 05/04/2009, os alunos do Mestre João Pequeno promoveram o evento:Pastinha e seus sucessores, cujo objetivo foi reunir ex-alunos da escola do mestre Pastinha. Na ocasião, além de discorrer sobre o uso das cores amarela e preta pela maioria dos praticantes de capoeira angola, tive a salutar oportunidade de compartilhar lembranças que marcaram o meu início nessa arte na presença de Fernando PM, Gildo, Bola Sete, Vermelho(o de Ondina),além do próprio mestre João Pequeno.Nunca afirmei ter sido aluno do mestre Pastinha. No Pelourinho, ainda criança, além de absorver parte do conhecimento de outros mais antigos na casa, tive o prazer de treinar com os mestres João Grande e João Pequeno; ainda vivos para confirmar o meu relato. Leiam o livro do mestre João Pequeno.Se não me engano, na página 11, ele conta parte da minha história.
Nada me falta, enquanto mestre de capoeira angola, em consequência de não ter treinado diretamente com o saudoso mestre Pastinha(tenho dado provas disso). Tive o prazer de conheçê-lo e, realmente, certa feita trouxe os meus alunos do Rio de Janeiro para conheçê-lo.Sempre corrigi quando fui confundido na minha afirmação, inclusive chamando a atenção para o fato de que um físico não terá a sua competência diminuida porque esse profissional não teve a oportunidade de tomar aulas com Isaac Newton.
Essa é uma boa discussão quando não tende para o desmerecimento de ninguém, mas para freiar o comportamento de alguns que têm transformado mentiras em tradição, seja no que concerne ao nome do mestre Bimba ou do mestre Pastinha.
Focar a discussão em meu nome e de outros pode ser uma estratégia de alguns para que não venham a ser descobertos.

Mestre Moraes.

1 de jun. de 2009

Pensamento do mês

Don't let anything stop you. There will be times when you'll be disappointed, but you can't stop. (Sadie T. M. Alexander, 1898-1989, lawyer and activist)

Tradução:
Não deixe ninguém te parar. Haverá tempos em que você se sentirá desapontado, mas você não pode parar. (Sadie T. M Alexander, 1898-1989, advogado e ativista)