5 de jul. de 2009

Banana comendo o macaco!!!!!!!!!!!!!!?

Depois de conversa entre os mestres de capoeira, do Forte Santo Antonio, e o atual gestor Sr. Magno Neto, vislumbrou-se a possibilidade de uma gestão participativa onde os mestres de capoeira passariam a ser informados, com antecedência, de todas as ações pensadas pela Secretaria de Cultura (SECULT) para aquele espaço cultural. Acreditamos que aquele momento marcaria o final de um conflito entre os capoeiristas do Forte e o atual governo, conflito este que teve início desde a chegada do atual gestor, há dois anos aproximadamente. Agora, na surdina, a Secretaria de Cultura do Estado resolveu reacender o conflito criando alguma coisa do tipo "Comissão Mediadora" que teria a função de mediar o diálogo entre os mestres e a SECULT. Ora, a capoeira dentro do Forte Santo Antonio, desde o início do atual governo, só tem acontecido graças ao denodo dos mestres e alunos que, pelo amor á capoeira, não fraquejaram diante da total falta de atenção dispensada por esta secretaria, sabendo que, no Forte, encontra-se a maior e a mais antiga lenda viva da capoeira: o Mestre João Pequeno. Mostramos, durante esses anos, que não precisamos de ninguém, de fora capoeira, nos orientando na relação com esta arte secular. Em matéria especial,em jornal de grande circulação, declarei e afirmo que a capoeira, na Bahia, vem vivendo seu pior momento, graças ao descaso do governo para com este seguimento cultural.
Fomos informados também de que, na composição desta comissão terá um capoeirista indicado pela Secretaria, não ligado ao Forte e funcionário da SECULT; talvez com a função de "decodificar" o discurso dos mestres ou "traduzir" para estes as ideias da Secretaria.
Na última reunião que tivemos com o Sr. Magno Neto, deixamos clara a nossa indignação diante do que classificamos como um desrespeito aos mestres de capoeira do Forte e, aproveitando o atual gestor como pessoa capaz e bastante para representar-nos junto à SECULT, pedimos-lhe que transmitisse ao Sr. Secretário de Cultura Márcio Meireles de que vimos esta decisão com desconfiança, além que vermos como mais uma forma de intervenção na capoeira o que não aceitaremos passivamente. Já foi dito neste blog que abraçaremos as parcerias mas repudiaremos, com veemência, qualquer tipo de intervenção.
Nesta terça-feira, dia 07/07, teremos uma reunião com o Sr Magno quando teremos uma resposta da SECULT quanto ao nosso desacordo, do que manterei o público capoeirista informado seja a resposta positiva ou negativa.

Mestre Moraes.

4 comentários:

  1. Mestre!

    Sorte que a capoeira Angola tem o senhor para interpretar e decodificar as posturas do poder, entendo que essas posturas revelam um desconfiança e uma preocupação com a força da Capoeira. Estamos mais uma vez no ápice de um conflito entre a Capoeira e o poder, no processo histórico da Capoeira encontramos ápices parecidos como esse que resultaram em novos caminhos para a capoeira e o destaque de alguns mestres que marcaram seu nome nesse processo histórico. O senhor já marcou o seu nome nesse processo histórico, agora veremos qual o caminho que se direcionará a capoeira. Mestre estamos com o senhor nessa guerra.
    Abraço
    David

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  2. Olá Mestre! Coisa boa ver que o senhor não desiste! Continue assim! Precisamos de Mestres de verdade, como o senhor, lutando pelos nossos direitos. Por aqui continuamos na luta! O doc fica pronto em novembro. Muito axé! Carem

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  3. parabens mestre pelo trabalho e pela dedicação a nossa arte..axe

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  4. Mestre, aqui é o Mário Dantas , sou aluno do Armando aqui em Fortaleza desde a transição do Campus do Pici até GCAP. Agora o grupo continua dando sequência aos esinamentos passados para o Armando pelo senhor, apesar de não sermos mais GCAP. Estive na última palestra que aconteceu semana passada aqui em Fortaleza e só tenho a parabenizar o senhor pelo que foi exposto e ao mesmo tempo pelo que foi mantido a sete chaves, pois alguns grupos aqui fomentam discussões banais, como aquela que o senhor presenciou sobre religião e religiosidade na capoeira. Não que este assunto não seja de relativa importância, mas agem mudando a tradição. São assuntos que não são de interesse nem da capoeira angola nem de capoeristas sérios. Algumas pessoas que acham que podem mudar a tradição e ao mesmo tempo querem acelerar o processo de evolução da capoeira angola, achando que é algo que se compra. Sei que o senhor decodificou várias pessoas que têm esse pensamento. Fico grato de ter estado presente...
    Apressado come cru ,devagar se vai ao longe. Grande abraço e axé. Se DEUS permitir, estaremos no evento em outubro.
    mariobezerradantas@hotmail.com

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